Morreu presidente de idéias, leis e obras estranhas...

Saparmurat Niyazov, de 66 anos morreu! E quem é o senhor? Era o presidente do Turcomenistão.
Até aqui "tudo normal"... Claro, todos havemos de morrer. Mas Saparmurat Niyazov era um cliente habitual visado em idéias e leis insólitas.
Vamos a elas:
  • Após o colapso da antiga União Soviética, ele tornou-se no primeiro presidente (vitalício!) do Turcomenistão. Mas não apenas. Também era o primeiro-ministro. Ah, e presidente do único partido político do país. Não por acaso tinha o apelido, dado por si mesmo, de turkmenbashi (algo como “o pai de todos os turcomenos”).
  • O seu nome foi dado a cidades, escolas, estradas, aeroportos, um parque de diversões , um meteorito e até a uma espécie de melão. Posteres do turkmenbashi decoram as fábricas e prédios públicos, o seu rosto estampa o dinheiro do país (o manat), está nos aviões, na famosa estátua de ouro eregida no centro da capital e que gira, seguindo o sol, e até em garrafas de vodka. Tudo contra sua vontade, bem entendido...
  • Não há liberdade de religião. Nem de imprensa, embora ele tenha criado um centro dedicado aos média livres. Cultura? Bom… ele mandou fechar todas as livrarias do interior do país alegando que ninguém lia. Como não? No Turcomenistão todo mundo é obrigado a ler e a decorar o “Ruhnama”, o livro das almas, escrito pelo próprio Niyazov para ser uma espécie de guia espiritual da nação (eis uma seleta da poesia do homem, em inglês). Todos os estudantes devem dedicar um dia inteiro por semana para estudar a obra. Quem ler o livro três vezes em voz alta vai para o paraíso.
  • “Ruhnama” é como passou a ser conhecido no Turcomenistão o mês de setembro. É que, assim como fizeram os imperadores romanos, Niyazov renomeou o calendário. Janeiro passou a ser conhecido pelo seu próprio apelido: Turkmenbashi. Abril ficou com o nome da sua mãe.
  • Parece exagerado? Você não viu nada. Um dos seus decretos baniu a execução de músicas em eventos públicos, na TV e nos casamentos. Já tinha proibido o balet e a dança no país, por considerar ambos “desnecessários”. Fez o mesmo com jogos de vídeo. E decidiu que carros não podiam ter rádios.
  • Numa ocasião proibiu cabelos longos e barbas aos homens. Certa vez colocou em prática uma medida contra o uso de obturações de ouro. E aproveitou para aconselhar os seus súditos a mascarem ossos para fortalecer os dentes. Também fechou todos os hospitais do país, com exceção dos da capital, Ashgabat, alegando que, quem ficasse doente poderia ir para a capital. Niyazov tinha uma queda por obras diferentes. Além da estátua de ouro, mandou construir um lago em pleno deserto de Kara Kum e um palácio de gelo na capital.
  • Também redefiniu as idades do homem. Por decreto, obviamente. Assim sendo, no Turcomenistão a infância acaba aos 13 anos; a adolescência aos 25; a juventude aos 37; a maturidade vai até aos 49. E depois? Bom, dos 49 aos 62 é a idade do profeta; em seguida, até aos 73, vem a idade da inspiração; até aos 85 é a idade do ancião de barba branca; até os 97 é a velhice; e daí em diante é a idade de Oguz Khan (antigo chefe ancestral dos turcomenos).
Redacção:7FM Fonte: Nosense

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