Avião da TAP aterra na pista errada no Brasil

Dois experientes pilotos ao serviço da TAP, aterraram, no dia 21 de Fevereiro deste ano, num caminho paralelo do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo no Brasil, convencidos de que era uma das pistas de serviço. Ao invés dos habituais 45 metros de largura da pista, o Airbus 340-300 aterrou num caminho com apenas 20 metros, sem que os 182 passageiros a bordo tivessem notado qualquer anomalia. Apesar do erro dos pilotos, foi, ainda assim, a sua perícia que evitou o pior. Segundo tripulantes brasileiros, a aterragem - às 17h15 locais - aconteceu num dos momentos do dia mais movimentados naquele aeroporto, com várias aeronaves junto ao «taxiway» em manobras para parquear ou para aceder à pista para descolar. O incidente é raro na aviação mundial e terá sido motivado pelas más condições atmosféricas, obras numa das pistas e por falhas em instrumentos de ajuda - incluindo de precisão - daquele terminal. Até ao momento, sabe-se que o voo da TAP chegou a Guarulhos com perto de 20 minutos de atraso e debaixo de chuva intensa. Meia hora antes da aterragem, a torre de controlo tinha avisado oos pilotos de um "cúmulo nimbo" (nuvem de granizo) e os pilotos tinham registo de várias infra-estruturas inoperativas. A pista esquerda estava fechada devido a obras e dois instrumentos de ajuda à aproximação - o ILS e o VOR, que guiam a aeronave - não estavam a funcionar. Ainda assim, os pilotos conseguiram ver o local e foram autorizados a aterrar em condições visuais, ou seja, sem qualquer apoio electrónico. Para dificultar a manobra, a aterragem iria ser feita pelo lado oposto ao que habitualmente é utilizado. Quando a tripulação do A340-300 reduziu a altitude para aterrar, ter-se-á deparado com uma pista e com um corredor paralelo («taxiway») repletos de água, que encobriu a sinalização no solo. Os pilotos terão ficado confusos, optando pelo piso errado. O controlador percebeu que o aparelho estava a direccionar-se para o «taxiway» e ordenou ao comandante para «abortar a aterragem imediatamente». A ordem foi dada em português, mas a tripulação não terá compreendido. Segundo vários peritos, a falha na comunicação terá sido justificada pelo facto de os termos utilizados pelo controlador brasileiro não fazerem parte da correcta terminologia aeronáutica, cujo idioma de base é o inglês.
Tudo acabou bem! Parabéns aos pilotos!

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